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Do CD Toni Costa “A sorte muda”, Indie Records IN 0003-2 (1998)
Com: Toni Costa

Eu sou de paz e ninguém me arreda
Sou sangue bom, pode acreditar
Mas dou um boi pra não ir na guerra
E uma boiada pra não voltar, yeah
Se não for à vera, é melhor parar, yeah
Vê se não começa
O que é difícil pra terminar

Não como grama e nem jogo pedra
Não sou de ferro pra tolerar
O de cima pisa, o de baixo seca
Meu Deus onde é que isso vai chegar? É...
Quando a coisa aperta
É pra arrepiar, é
Se botar na tela começa a hora do pau quebrar

Como é que é? Como é que é?
Se é pra encarar vai dizendo qual é
E jacaré? E Barnabé?
Se duvidar leva até de mulher
Que é que cê quer? Que é que cê quer?
E se mancar vou pisar no seu pé
Rabacué, lheguelé
Vou lhe fazer descascar de colher
Oi sai mané!

Agora tudo acaba em conversa
Não tem conversa pra me levar
Se pro meu lado ninguém maneira
Quem é menino pra maneirar? É...
Se esse leita azeda, o mel vai rolar, é
Traga na tigela que eu vou beber de me lambuzar

De tanta gente hoje abrindo as pernas
O mundo vai de pernas pro ar
O bom cabrito é bom porque berra
E olha o barraco que eu vou armar, yeah
Pescoço é canela e se vacilar, yeah
É caixão e vela
Ajoelhou vai ter que rezar

Sou filho de meu pai, amigo
Por isso não se saia não
Comigo não se engane que eu não paro no portão
E se vier com gaiatice
Não sou da sua laia, irmão
Se for mexer comigo
Tem pecado sem perdão

Quem vê de fora não considera
Também por menos não vou deixar
A minha mãe não cuidou da peça
Que a dona encrenca vai grampear, é
Vou tirar da reta, vou me adiantar, é
Vê se não me aperta
Me dá licença que eu vou passar

FICHA TÉCNICA:

Produção: Toni Costa
Arranjo: Toni Costa e Luiz Brasil
Violões, violão (solo), berimbau e caxixi: Luiz Brasil
Violacho: Fernando Nunes
Percussão: Firmino e Marcelo Costa