BMG Brasil 7.432.170.243-2
Lançamento: outubro de 1999FICHA TÉCNICA
AO VIVO
Banda
Direção musical, arranjos e teclados: Zé Américo Bastos
Acordeom: Toninho Ferragutti
Contrabaixo: Jacaré
Guitarra e violão: Marcos Arcanjo
Viola e cavaquinho: Manasses de Souza
Flauta e sax: David Ganc
Trompete: Naor Oliveira
Trombone: Aldivas Alves
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
Bateria: Tedy SantanaParticipações especiais
É d’Oxum: Gerônimo (arranjo e violão), Arthur Maia (contrabaixo), Camilo Mariano (bateria) e Zeppa Souza (guitarra)
Choveu sorvete: Paulinho Trompete (trompete) e Roberto Stepheson (sax)
Morena de Angola / Toque de fole / Boca do balão / São João na estrada: Altair Martins (trompete) e Roberto Marques (trombone)Gravado ao vivo na Concha Acústica do Teatro Castro Alves/Salvador (24 e 25 de junho e 1999)
Montreux Jazz Festival (1 de julho de 1999)Direção de produção: Carlos Martins Araújo
Produção executiva: Alexandre Valentim e Moema Eifler
Assistente de produção: Gaetano Lops
Operador de P.A.: Mario Jorge
Operador de monitor: Antônio Campista
Operador de iluminação: Renato Ribeiro
Roadie: Josino FeitosaESTÚDIO
Direção artística: Jorge Davidson
Produzido por Zé Américo Bastos e Elba Ramalho
Assistente de produção e arregimentação: Fatinha
Gravado nos estúdios Nas Nuvens e AR
Técnicos: Eduardo Costa e Claudio Farias
Assistentes: Theo Marés, Duda Mello, Eduardo Baldi e Luciano Tarto
Mixado por: Zé Américo Bastos e Eduardo Costa no Estúdio ARCapa: Gringo Cárdia
Foto: Murilo Meirelles
Maquiagem: Márcio Mitkay
Figurino: Elba Ramalho
Jóias e bijuterias: Alberto Sabino
Fotos de folclore nordestino: arquivo Cafi
Designer gráfico assistente: Fabio Arruda
Assistente de fotografia: Alexandre Savino
Coordenação gráfica: Luis Felipe Couto e Emil FerreiraAgradecimentos: “Projeto Sua Nota é um Show”, Teatro Castro Alves/Salvador
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A Palo Seco
(Belchior)
Letra
Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava
De olhos abertos lhe direi
Amigo, eu me desesperava
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Mas ando mesmo descontente
Desesperadamente eu grito em português
Tenho 25 anos de sonho e de sangue
E de América do Sul
Por força deste destino
Um tango argentino
Me cai bem melhor que um blues
Sei que assim falando pensas
Que esse desespero é moda em 76
Eu quero é que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês
Eu quero é que esse canto torto
Feito faca corte a carne de vocês
Arranjo, piano e teclados: Zé Américo Bastos
Contrabaixo: Jorge Helder
Guitarra: Zeppa Souza
Bateria: Camilo Mariano
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Trem das Ilusões
(Alceu Valença / Herbert Azul) Participação especial: Alceu Valença
Letra
Ah, se meu desejo voasse
Como ave, como pássaro
Lhe caçasse em toda parte
Provocasse sua compaixão
É tão pouco, muito louco
Ficar ouvindo sua voz pelo telefone
A canção que nós cantamos como trilha
Nessa noite de interrogação
É tão pouco, muito louco
Ser flor e pedra em seu caminho
Sofrer, gemer quase em silêncio
Morder seu nome no lenço
Ver nossa história por um fio
É tão vazio
Vai ver que esse trem que você viaja
Não tem janela não
Não tem casa na colina
Não tem pôr-do-sol lá em cima
É você que está cego e não me vê viajando
Na mais cruel ilusão
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Arranjo, piano e teclados: Zé Américo Bastos
Contrabaixo: Jorge Helder
Guitarra e violão de aço: Zeppa Souza
Bateria: Camilo Mariano
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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O Meu Amor
(Chico Buarque)
Letra
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
Minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh’alma se sentir beijada
Ai
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos
Viola os meus ouvidos
Com tantos segredos
Lindos e indecentes
Depois brinca comigo
Ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Ai
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha
Do bem que ele me faz
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me deixar maluca
Quando me roça a nuca
E quase me machuca
Com a barba mal feita
E de pousar as coxas
Entre as minhas coxas
Quando ele se deita
Ai
O meu amor
Tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios
De me beijar os seios
Me beijar o ventre
Me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo
Como se o meu corpo
Fosse a sua casa
Ai
Arranjo, piano e teclados: Zé Américo Bastos
Violão de nylon e guitarra: Chiquinho Braga
Baixo: Jorge Helder
Bateria: Camilo Mariano
Sax alto e soprano: Zé Canuto
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Não Sonho mais
(Chico Buarque) Participação especial: Chico Buarque
Letra
Hoje eu sonhei contigo
Tanta desdita
Amor nem te digo
Tanto castigo
Que eu tava aflita de te contar
Foi um sonho medonho
Desses que às vezes a gente sonha
Baba na fronha
Se urina toda
Quer sufocar
Meu amor vi chegando
Um trem de candango
Formando um bando
Mas que era um bando
De orangotango pra te pegar
Vinha nego humilhado
Vinha morto-vivo
Vinha flagelado de tudo que é lado
Vinha um bom motivo pra te esfolar
Quanto mais tu corria, mais tu ficava
Mais atolava, mais te sujava
Amor, tu fedia
Empesteava o ar
Tu que foi tão valente
Chorou pra gente
Pediu piedade, olha que maldade
Me deu vontade de gargalhar
Ao pé da ribanceira acabou-se a liça
Escarrei-te inteira a tua carniça
Tinha justiça nesse escarrar
Te rasgamo a carcaça
Descemo a ripa
Viramo as tripa
Comemo os ovo
Ai, aquele povo pôs-se a cantar
Foi um sonho medonho
Desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha e se urina toda
E já não tem paz
Pois eu sonhei contigo e caí da cama
Ai, amor, não briga, ai, não me castiga
Ai, diz que me ama
E eu não sonho mais
Arranjo, piano e acordeom: Zé Américo Bastos
Contrabaixo: Jacaré
Guitarra: Zeppa Souza
Viola de 12 cordas: Manassés
Bateria: Camilo Mariano
Flauta: David Ganc
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Cajuína
(Caetano Veloso)
Letra
Existirmos a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tão pouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina
Arranjo: Duofel (Fernando Melo e Luiz Bueno)
Acordeom: Zé Américo Bastos
Contrabaixo: Jacaré
Viola de 12 cordas: Fernando Melo
Violão de nylon: Luiz Bueno
Bateria: Camilo Mariano
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Ave de Prata
(Zé Ramalho) Participação especial: Zé Ramalho
Letra
É muito mais do que muito
Muito mais do que quantos anos todos piorei
É muito mais do que mata
Muito mais do que morrem todos pela planta do pé
É muito mais do que fera
Mais do que bicho quando quer procriar
Uma espécie: sementes da água, mistérios da luz
É muito mais do que antes
Mais do que vinte anos multiplicar
Dividir a mentira
Entre cabelos, olhos e furacões
Inventar objetos
Pela esfinge quando era mulher
Ave de prata
Veneno de fogo
Vagalume do mar
O mar que se acaba na areia
Gemidos da terra apoiados no chão
Entre todos que usam os dentes do arpão
Apoiados em cada parede pela mão
Pela mão que criou tantas trevas e luz
E cada coisa perdida
Perdidamente pode se apaixonar
Pela última vida
Poucos amigos hão de te procurar
Como é o silêncio
E nesse momento tudo deve calar
Numa história que venha do povo
O juízo final
Arranjo e violão de aço: Zé Ramalho
Viola de 12 cordas: Manasses
Contrabaixo: Arthur Maia
Acordeom e teclados: Zé Américo Bastos
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Palavra de Mulher
(Chico Buarque)
Letra
Vou voltar
Haja o que houver eu vou voltar
Já te deixei jurando nunca mais olhar pra trás
Palavra de mulher
Eu vou voltar
Posso até
Sair de bar em bar
Em bar em bar
Falar besteira e me enganar
Com qualquer um deitar a noite inteira
Eu vou te amar
Vou chegar
A qualquer hora ao meu lugar
E se uma outra pretendia
Um dia te roubar
Dispensa essa vadia
Eu vou voltar
Vou subir
A nossa escada, a escada
A escada, a escada
Meu amor, eu vou partir
De novo e sempre feito viciada
Eu vou voltar
Pode ser
Que a nossa história seja mais
Uma quimera
E pode o nosso teto
A Lapa, o Rio desabar
Pode ser
Que passe o nosso tempo
Como qualquer primavera
Espera
Me espera
Eu vou voltar
Arranjo e cello: Jacques Morelenbaum
Violão: Luiz Brasil
Baixo acústico: Zeca Assunção
Bateria: Carlos Bala
Violinos: Giancarlo Pareschi (spalla), Michel Bessler, José Alves, Ricardo Amado, Walter Hack, Antonella Pareschi, Bernardo Bessler e Paschoal Perrotta
Violas: Jesuína Passaroto e Marie Christine Bessler
Cellos: Alceu Reis e Marcelo Salles
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Nó Cego
(Pedro Osmar) Participação especial: Lenine
Letra
É você a pessoa que deu
Um nó cego em meu peito
De apaixonado, de apaixonado?
É você a pessoa que deu
Um nó cego em meu peito
De apaixonado, de apaixonado?
É você
O mascarado que me trancou
O mascarado que me trancou
Nessa noite sem amor?
Nessa noite sem amor?
É você amigo?
Você o inimigo?
É você o perigo?
É você?
É você amigo?
Você o inimigo?
É você o perigo?
É você?
É você a garra de fome
Que atormenta o presente?
É você que mente muito?
É você a garra de fome
Que atormenta o presente?
É você que mente muito?
Que me engana
Que me rouba da vida?
Que me engana
Que me rouba da vida?
Que me engana
Que me rouba da vida?
Arranjo, piano e teclados: Zé Américo Bastos
Guitarra: Zeppa Souza
Viola de 12 cordas: Manassés
Contrabaixo: Jacaré
Bateria: Camilo Mariano
Flautas: David Ganc
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Imaculada
(Ary Sperling / Aldir Blanc) Participação especial: Nana Caymmi
Letra
Meu castelo é a casa da fazenda
Onde teço a minha lenda
Sei, meu príncipe virá
Esse sonho bom que me alimenta
A espera é menos lenta
Se o desejo delirar
Eu prefiro assim
Pois com essa espera
Domo a fera que há em mim
É imaculada a semente do prazer
Rosa ardente por florescer
A criança deixa o paraíso
Fadas, córregos, sorrisos
A pureza virginal
Planta no seu seio adolescente
A maçã e a serpente
Do pecado original
Quero ser mulher
No lugar e hora que meu príncipe quiser
E assim conquistada pela espada do querer
Continua a ser imaculada
Arranjo e teclados: Wagner Tiso
Baixo acústico: Zeca Assunção
Violões: Victor Biglione e Ana de Oliveira
Cello: Fernando Bru e David Chew
Viola: Nayran Pessanha
Oboé: Francisco Gonçalves
Flauta em sol: Mauro Senise
Clarineta: Cristiano Alves
Percussão: Paulinho He-Man
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Sete Cantigas Para Voar
(Vital Farias) Participação especial: Renata Arruda
Letra
Cantiga de campo
De concentração
A gente bem sente
Com precisão
Mas recordo a tua imagem
Naquela viagem
Que fiz pro sertão
Eu que nasci na floresta
Canto e faço festa no seu coração
Voa, voa azulão
Voa, voa azulão
Cantiga de roça
De um cego apaixonado
Cantiga de moça
Lá no cercado
Que canta a fauna e a flora
Ninguém ignora
Se ela quer brotar
Boto uma flor no cabelo
Com alegria e zelo para não secar
Voa, voa no ar
Voa, voa no ar
Cantiga de ninar
A criança na rede
Mentira de água
É matar a sede
Diz pra mãe que fui pro açude
Fui pescar um peixe
Isso não fui não
Tava era com o namorado
Pra alegria e festa do meu coração
Voa, voa azulão
Voa, voa azulão
Cantiga de índio
Que perdeu sua taba
No peito esse incêndio
Seu não se apaga
Deixe o índio no seu canto
Que eu canto um acalanto
Faço outra canção
Deixe o peixe, deixe o rio
Que o rio é um fio de inspiração
Voa, voa azulão
Voa, voa azulão
Voa, voa...
Arranjo e teclados: Zé Américo Bastos
Acordeom: Dominguinhos
Contrabaixo: Jacaré
Viola de 12 cordas: Manasses
Violão de nylon: Zeppa Souza
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
Vocais: Jussara Lourenço e Tadeu Mathias
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Retrato da Vida
(Djavan / Dominguinhos) Participação especial: Dominguinhos
Letra
Esse matagal sem fim
Essa estrada, esse rio seco
Essa dor que mora em mim
Não descansa e nem dorme cedo
O retrato da minha vida
É amar em segredo
Não quer saber de mim
E eu vivendo da tua vida
Deus no céu e você aqui
A esperança é quem me abriga
Esses campos não tardam em florir
Já se espera uma boa colheita
E tudo parece seguir
Fazendo a vida tão direita
Mas e você, o que faz
Que não repara no chão
Por onde tem que passar
E pisa em meu coração?
O teu beijo em meu destino
Era tudo que eu queria
Ser meu homem, meu menino
O ser amado de todo dia
Arranjo e violão: Luiz Brasil
Acordeom: Dominguinhos
Viola de 12 cordas: Manassés
Contrabaixo: Alberto Continentino
Bateria: Carlos Bala
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Kukukaya (Jogo da Asa da Bruxa)
(Cátia de França) Participação especial: Geraldo Azevedo
Letra
São quatro jogadores nessa mesa
Frente a frente para jogar
São quatro cabras de peia no desafio
No jogo da bruxa em noite de lua cheia
São quatro jogadores nessa mesa
Dando as cartas do jogo sujo da vida
Kukukaya, eu quero isso aqui, ei
Kukukaya, olha esse cachorro aqui, ei
Kukukaya, eu quero isso aqui
Kukukaya, olha esse cachorro aqui
São quatro jogadores nessa mesa
Frente a frente, sem dar falsa folga a ninguém
São quatro cabras de peia
De riso dócil, de rima fácil
Não vá se enganar, hein meu bem?
Eu tenho dois olhos, eu tenho dois pés
Dos meus olhos vá pra meus pés
Dos meus pés, pra dentro da terra
Da terra para a morte
O ovo é redondo, ventre redondo é
Vem amor, vem com saúde
Onde eu sou chama seja você brasa
Onde eu sou chuva seja você água
Onde eu sou chama seja você brasa
Onde eu sou chuva seja você água
Kukukaya, eu quero você aqui
Kukukaya, preste atenção em mim
Kukukaya, eu quero você aqui
Kukukaya, preste atenção em mim
Arranjo: Geraldo Azevedo e Zé Américo Bastos
Teclados: Zé Américo Bastos
Viola de 10 cordas e violão: Geraldo Azevedo
Guitarra: Victor Biglione
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Choveu Sorvete (La Salve de las Antillas)
(Luis Kalaff / Versão: Carlinhos Brown)
Letra
Na gandaia com sol solista
Viajar nesse adoçar
Nas cantigas das coisas belas
Da minha terra natal
Abará, louro, bolo, molho
Hoje quero saborear
Os beijos da timbaleira
Num cantinho lá dendo bar
Choveu sorvete
Na minha origem
Choveu sorvete
Adeus princesa
Nas barracas dos santos, lírios
Haverá sempre uma cor
Ressaindo das ruas velhas
Servindo a vida de amor
Santa Bárbara, São Gerônimo
E a Nanã Borocô
Oxóssi, Ogum de ronda
Oxalá e pai Xangô
Embala, bala, baleira
E vamos na procissão
A água de cheiro cheira
Bonfim quer ver Conceição
Arranjo, piano e teclados: Zé Américo Bastos
Contrabaixo: Arlindo Pipiu
Guitarra: Zeppa Souza
Bateria e percussão: Camilo Mariano
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
Saxofone: Roberto Stepheson
Trombone: Roberto Marques
Trompete: Paulinho Trompete
Vocais: Elba Ramalho, Jussara Lourenço, Tadeu Mathias e Paulinho He-Man
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Quem é Muito Querido a Mim
(Geraldo Azevedo / Rogério Duarte) Participação especial: Margareth Menezes
Letra
Aquele que não inveja
Que é amigo sincero
De todos os seres vivos
Que não tem senso de posse
Que tem a mesma atitude
Na tristeza ou na alegria
Que é sempre determinado
Tendo a mente e o intelecto
Harmonizados comigo
É muito querido a mim
Harmonizados comigo
É muito querido a mim
Quem nunca perturba os outros
Nem se deixa perturbar
Além da dualidade
Do sofrimento e prazer
Livre do medo e da angústia
Também é muito querido
Aquele que não se apega
Nem ao prazer, nem à dor
Que não rejeita ou deseja
Ao que agrada ou aborrece
Renunciando igualmente
É muito querido a mim
Renunciando igualmente
É muito querido a mim
Quem age do mesmo modo
Com amigos e inimigos
E não muda de atitude
No ostracismo ou na glória
No sucesso ou no fracasso
Quem nunca se contamina
E sempre fica contente
Com o que lhe é oferecido
Este me é muito querido
É muito querido a mim
Este me é muito querido
É muito querido a mim
Arranjo: Zé Américo Bastos
Violão: Zeppa Souza
Violão de 12 cordas e zig-zum: Luiz Bueno
Contrabaixo: Jacaré
Bateria: Camilo Mariano
Percussão: Paulinho He-Man e Marcos Amma
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Caldeirão dos Mitos
(Bráulio Tavares)
Letra
Eu vi o céu à meia-noite
Se avermelhando num clarão
Como o incêndio anunciado
No Apocalipse de São João
Porém não era nada disso
Era um corisco, era um lampião
Eu vi um risco nos espaços
Era o revôo de um sanhaçú
Eu vi o dia amanhecendo
No ronco do maracatu
Não era a lança de São Jorge
Era o espinho do mandacaru
Eu vi um som na escadaria
Dó-re-mi-fá sol-lá-si-dó
Não era o eco das trombetas
De Josué em Jericó
Era um fole de oito baixo
A tocar numa noite de forró
A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamo gente rapapé nesse salão
Eu vi um som ao meio-dia
No meio do chão do Ceará
Não era o coro dos arcanjos
Nem era a voz de Jeová
Era uma cascavel armando um bote
Balançando o maracá
Vi um magrelo amarelado
Passando a perna no patrão
Não foi ninguém da Inglaterra
Nem de Paris, nem do Japão
Era o Pedro Malazarte, era João Grilo
E era Cancão
Vi uma mão fazer no barro
Um homem forte, um homem nu
Um homem branco como eu
Um homem preto como tu
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
//Disco 1
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A Palo Seco
(Belchior)
Letra
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Caldeirão dos Mitos
(Bráulio Tavares)
Letra
Eu vi o céu à meia-noite
Se avermelhando num clarão
Como o incêndio anunciado
No Apocalipse de São João
Porém não era nada disso
Era um corisco, era um lampião
Eu vi um risco nos espaços
Era o revôo de um sanhaçú
Eu vi o dia amanhecendo
No ronco do maracatu
Não era a lança de São Jorge
Era o espinho do mandacaru
Eu vi um som na escadaria
Dó-re-mi-fá sol-lá-si-dó
Não era o eco das trombetas
De Josué em Jericó
Era um fole de oito baixo
A tocar numa noite de forró
A fogueira tá queimando
Em homenagem a São João
O forró já começou
Vamo gente rapapé nesse salão
Eu vi um som ao meio-dia
No meio do chão do Ceará
Não era o coro dos arcanjos
Nem era a voz de Jeová
Era uma cascavel armando um bote
Balançando o maracá
Vi um magrelo amarelado
Passando a perna no patrão
Não foi ninguém da Inglaterra
Nem de Paris, nem do Japão
Era o Pedro Malazarte, era João Grilo
E era Cancão
Vi uma mão fazer no barro
Um homem forte, um homem nu
Um homem branco como eu
Um homem preto como tu
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
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Amor com Café
(Cecéu)
Letra
Se você quiser o meu amor
Tem que ser assim
Agarradinho, escondidinho
Bem bonitinho
Somente pra mim
E de manhã cedo
Fazer o café
Trazer na cama
Depois do café
A gente se ama
A gente se gama
Depois do café
Ficar o dia inteiro
Nesse dá-me, dá-me
Nesse toma, toma
Nesse pega, pega
Nesse coma, coma
Nessa brincadeira
Sem ninguém dar fé
Que o dia vai acabar
E a noite já vem
O nosso amor pegando fogo
Vamos se queimar
Levar a vida nesse jogo
Pra se ganhar
Muito mais se querer bem
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Forró do Xenhenhém
(Cecéu)
Letra
Morena forrozeira do cangote suado
Tô ficando arriado com você meu bem
Com esse rebolado teu corpinho fica mole
E nesse bole-bole, nesse vai-e-vem
O coração da gente chega lateja
A gente só deseja passar bem
Com você meu bem no xenhenhém
No xenhenhém, no xenhenhém
Com você meu bem no xenhenhém
No xenhenhém, no xenhenhém
Quem foi esse inteligente que inventou o forró?
Fez a morena levantar pó
Ele é um artista, trabalhou bem
E a morena forrozeira é de quem
Tiver disposto pra ganhar no xenhenhém
Xenhenhém, xenhenhém, xenhenhém
Xenhenhém, xenhenhém, xenhenhém
Xenhenhém, xenhenhém, xenhenhém
Vou fazer tudo pra ganhar no xenhenhém
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Agora é Sua Vez
(Zinho)
Letra
Eu já tomei de conta
Eu já dei meu recado
Já fiz meu peneirado
Com você no forrozão
Meu bem não diga não
Meu bem diga que sim
Agora é sua vez
De tomar de conta de mim
Vem pra cá meu amor
Vem pra cá meu amor
Vem tomar de conta do meu coração
Mas se você disser que não
Não tem quentura no salão
Chega pra cá
Vem se espalhar, meu bem
Que a noite é nossa
Não se importe com ninguém
Meu bem
Aqui no forrozão
Por favor, não diga não
Vem pra cá meu bem querer
E nessa brincadeira
Quem vai tomar de conta de mim é você
E nessa brincadeira
Quem vai tomar de conta de mim é você
Forró das cumadres
(João Silva)
Olha comadre semana que vem
No terreiro lá de casa semana que vem
Vai ter uma sanfoneirada semana que vem
Eu vou dar uma forrozada semana que vem
Vá no gogó comadre, vá no gogó
Pra gandalhada escangalhar-se no forró
Vá no gogó comadre, vá no gogó
Pra gandalhada escangalhar-se no forró
Ê, êta, que coisa boa!
Ninguém gosta de forró mais do que eu
Até acho que esse povo é todo meu
E de repente o mundo fica miudinho
E é por isso que eu só danço agarradinha
Duas coisas dou valor
É o forró com sanfoninha
E o fungar do meu amor
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É d’Oxum
(Gerônimo / Vevé Calazans) Participação especial: Gerônimo
Letra
Nessa cidade todo mundo é d’Oxum
Homem, menino, menina, mulher
Toda essa gente irradia magia
Presente na água doce
Presente na água salgada
E toda cidade brilha
Seja tenente ou filho de pescador
Ou importante desembargador
Se der presente é tudo uma coisa só
A força que mora n’água
Não faz distinção de cor
E toda a cidade é d’Oxum
É d’Oxum, é d’Oxum
É d’Oxum
Eu vou navegar
Eu vou navegar nas ondas do mar
Eu vou navegar
-
Pisa na Fulô
João do Vale / Ernesto Pires / Silveira Júnior
Letra
Pisa na fulô
Pisa na fulô
Pisa na fulô
Não maltrate meu amor
Um dia desse
Eu fui dançar lá em Pedreira
Na rua da golada
Gostei da brincadeira
Zé Caxangá era o tocador
Mas só tocava “Pisa na fulô”
Eu vi menina
Nem tinha doze anos
Agarrar seu par
Também sair dançando
Satisfeita e dizendo
“Meu amor, ai como é gostoso
Pisa no fulô”
Chororô
(Gilberto Gil)
Tenho pena de quem chora
De quem chora tenho dó
Quando o choro de quem chora
Não é choro, é chororô
Quando uma pessoa chora seu choro baixinho
De lágrima a correr pelo cantinho do olhar
Não se pode duvidar
Da razão daquela dor
Não se pode atrapalhar
Sentindo seja o que for
Mas quando a pessoa chora o choro em desatino
Batendo pino como quem vai se arrebentar
Aí penso que é melhor
Ajudar aquela dor
A encontrar o seu lugar
No meio do chororô
Chororô, chororô, chororô
É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar
Chororô, chororô, chororô
É mágoa, é muita água, a gente pode se afogar
Chororô, chororô, chororô
É muita água, é magoa, é jeito bobo de chorar
Chororô, chororô, chororô
É muita mágoa, é água, a gente pode se afogar
No meu pé de serra
(Luiz Gonzaga)
Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai que saudades tenho
Eu vou voltar pro meu sertão
No meu roçado eu trabalhava todo dia
Mas no meu rancho eu tinha tudo que queria
Lá se dançava quase toda quinta-feira
Sanfona não faltava e tome xote a noite inteira
O xote é bom
De se dançar
A gente gruda na cabocla sem soltar
Um passo lá
Um outro cá
Enquanto o fole tá tocando
Tá gemendo, tá chorando, tá fungando
Reclamando sem parar
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Avôhai
(Zé Ramalho)
Letra
Um velho cruza a soleira
De botas longas, de barbas longas
De ouro o brilho do seu colar
Na laje fria onde quarava sua camisa
E seu alforje de caçador
Ô meu velho e invisível avôhai
Ó meu velho e indivisível avôhai
Neblina turva e brilhante
Em meu cérebro coágulos de sol
A manita matutina
E que transparente cortina ao meu redor
E se eu disser que é mei sabido
Você diz que é mei pior
Mais e pior do que planeta
Quando perde o girassol
Era o terço de brilhante nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai!
Avôhai!
Um brejo cruza a poeira
De fato existe num tom mais leve
Na palidez desse pessoal
Pares de olhos tão profundos
Que amargam as pessoas que fitar
Mas que bebem sua vida
Sua alma na altura que mandar
São os olhos, são as asas
Cabelos de avôhai
Na pedra de turmalina
E no terreiro da usina eu me criei
Voava de madrugada
E na cratera condenada eu me calei
Se eu calei foi de tristeza
Você cala por calar
E calado vai ficando
Só fala quando eu mandar
Rebuscando a consciência com medo de viajar
Até o meio da cabeça do cometa
Girando na carrapeta
No jogo de improvisar
Entrecortando
Eu sigo dentro a linha reta
Eu tenho a palavra certa
Pra doutor não reclamar
Avôhai! Avô e pai
Avôhai!
Avôhai!
Avôhai
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Leão do Norte
(Lenine / Paulo César Pinheiro)
Letra
Eu sou mameluco
Sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco
Eu sou o Leão do Norte
Sou coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do boi bumbá
Sou o boneco de mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento da Una
Vindo num baque solto de um maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da feira de Caruaru
Sou Frei Caneca no Pastoril do Faceta
Levando a Flor da Lira pra Nova Jerusalém
Sou Luiz Gonzaga
E eu sou do mangue também
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda da Pife no mei do carnaval
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O Homem da Meia-Noite
Eu sou puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão
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Batida de Trem
(Vicente Barreto / Carlos Pita)
Letra
Cantando esse baião
Aperriado com a sorte
Felicidade não vem
É uma cantiga de cego
É uma sanfona tocando
Parece batida de trem
Sou cantador da alegria
Me chamam de Andorinha
Nas festas lá do sertão
Estrela da primavera
Pra onde for vou com ela
Pra esquecer da solidão
Pra entrar nesse forró
Vem meu amor
Do seu nego tenha dó
Vem meu amor
Ponha a mão no coração
Vem meu amor
Pra meu bem não ficar só
Vem meu amor
Toque de fole
(Bastinho Calixto / Ana Paula)
Toque sanfoneiro
Um forró bem animado
Com cadência de xaxado
Da poeira levantar
Toque sanfoneiro
Que as mulheres tão visando
O fole frouxo tocando
Castigando a nota lá
Toque sanfoneiro
Mostre que é velho macho
Capriche nos oito baixos
Até o dia clarear
Toque sanfoneiro, toque
Porque a gente quer se esbaldar
Toque sanfoneiro, toque
Porque a gente quer dançar
Dedo no couro é pandeirada
Mão no zabumba é zabumbada
E no triângulo é trianglada, oi
Dedo no fole é forrozada
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Roendo Unha
(Luiz Gonzaga / Luiz Ramalho)
Letra
Quando Vinvin cantou
Corri pra ver você
Atrás da serra, o sol tava pra se esconder
Quando você partiu
Eu não me esqueço mais
Meu coração, amor, partiu atrás
Vivo com os olhos na ladeira
Quando vejo uma poeira
Penso logo que é você
Vivo de orelha levantada
Para o lado da estrada
Que atravessa o muçambê
Olha que eu já tô roendo unha
A saudade é testemunha
Do que agora vou dizer
Quando na janela eu me debruço
Meu cantar é um soluço
A galopar no maçapê
No som da sanfona
(Kaká do Asfalto / Jackson do Pandeiro)
Ouvi o toque da sanfona me chamar
Ouvi o toque da sanfona me chamar
Um sanfoneiro bem maneiro puxe o fole
Folia a noite inteira até o dia clarear
O cabra vem se aconchegando, se relando
Quando o pagode esquenta
Ninguém quer sair de lá
Êta pagode que tá bom
Que tá danado
Morena aqui do lado faz o boneco chorar
Chora, não chora
Morena disse que chora
No som de uma viola faz o corpo balançar
Quem é sambeiro, batuqueiro, forrozeiro
Tem privilégio agora soçaite particular
Agora toda classe alta quer xaxar
Forró de brasileiro chegou em todo lugar
Morena de Angola
(Chico Buarque)
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela
Será que ela mexe o chocalho
Ou o chocalho é que mexe com ela
Será que a morena cochila
Escutando o cochicho do chocalho
Será que desperta gingando
Já sai chocalhando pro trabalho
Será que ela tá na cozinha
Guisando a galinha à cabidela
Será que esqueceu da galinha
Ficou batucando na panela
Será que no meio da mata, na moita
A morena inda chocalha
Será que ela não fica afoita
Pra dançar na chama da batalha
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela
Passando pelo regimento
Ela faz requebrar a sentinela
Será que quando vai pra cama
A morena se esquece dos chocalhos
Será que namora fazendo bochincho
Com seus penduricalhos
Será que ela tá caprichando
No peixe que eu trouxe de Benguela
Será que tá no remelexo
Abandonou meu peixe na tigela
Será que quando fica choca
Põe de quarentena o seu chocalho
Será que depois ela bota
A canela no nicho do pirralho
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela
Acho que deixei um cacho
Do meu coração na Catumbela
Morena de Angola
Que leva o chocalho amarrado na canela
Morena, bichinha danada
Minha camarada do MPLA
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Pagode Russo
(Luiz Gonzaga / João Silva)
Letra
Ontem eu sonhei que tava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Ontem eu sonhei que tava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Parecia até um frevo naquele vai ou não vai
Parecia até um frevo naquele cai ou não cai
Parecia até um frevo naquele vai ou não vai
Parecia até um frevo naquele cai ou não cai
Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora
Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora
Onde tu tá neném
(Luis Bandeira)
Onde tu tá neném
Eu vim te procurar
Vamos fazer as pazes
Tenho tantas frases pra te agradar
Onde tu tá neném
Eu vim te procurar
Saudade sai me solta
Estou aqui de volta pra meu bem beijar
Estou aqui de novo junto ao meu povo
Minha gente amiga
Quem me conhece sabe
Que eu detesto intriga
Uma saudade enorme
Come e deita e dorme no meu coração
Remédio indicado pra quem está errado
É pedir perdão
Por uma briga à toa
Tanta coisa boa a gente tá perdendo
Sertão em noite branca
O dia amanhecendo
Nossa conversa linda
Tem segredo ainda para um século mais
Não é pra nos gabar
Mas não existe um par como nós dois se faz
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Olha pro Céu
(Luiz Gonzaga / José Fernandes)
Letra
Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Que lá céu vai sumindo
Foi numa noite igual a esta
Que tu me deste o teu coração
O céu estava todinho em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote e baião no salão
E no terreiro o seu olhar
Que incendiou meu coração
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Boca do Balão
(Moraes Moreira / Zeca Barreto / Fred Góes)
Letra
Na cidade grande
Por mais que eu ande
Ainda me espanto
Quando ouço uma explosão
Lá no interior sempre era São João
Lá no interior sempre era São João
Viva São João
Meu carneirinho
Como te esperei
Ano inteirinho
Ao pé da fogueira
Madeira, velame
Que o nosso amor inflame a noite inteira
Na esteira ou no chão
A gente se esquenta
E arrebenta a boca do balão
São João na estrada
(Moraes Moreira)
No mês de junho
Tenho Deus por testemunho
Com meu violão em punho
Vou fazer o São João
Tomar licor, menino, fazer eu vou
A festa do interior
E também da capital
Vou pra Natal e lá no circo da folia
Vai amanhecer o dia
E todo mundo no forró
Lá em Timbau no forró do seu Patrício
Vai ter fogos de artifícios
Também lá em Mossoró
Em João Pessoa
Soa bem esse galope
Tem quem dance e tem quem toque
Com que animação
Santa Luzia, guia meus passos, me mande
Além de Campina Grande, Sousa e toda a região
Em Fortaleza com certeza um ouriço
Juazeiro e Padim Ciço também vai dançar baião
Em Maceió quero ver balão no céu
Arapiraca e São Miguel
Dando viva a São João
Não pode parar o sanfoneiro
Não pode parar o coração
Só pode parar a guerra
Quero paz na terra
E no céu balão
Em Teresina, como se faz todo ano
Parnaíba e Floriano também vão comemorar
Vou caminhando, vou chegando até Recife
Meu amor quem foi que disse
Que não tem Caruaru?
Aracaju tem caju e tem castanha
Gente aprende, gente apanha
Nessa vida de estradeiro
Em Salvador
Vou chegar lá na Bahia
Lá na terra da alegria
Vai ser festa o ano inteiro
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De Volta pro Aconchego
(Dominguinhos / Nando Cordel)
Letra
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom poder tá contigo de novo
Roçando teu corpo e beijando você
Pra mim tu és a estrela mais linda
Teus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter
É duro ficar sem você vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que vou mergulhar
Na felicidade sem fim
//Disco 2
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Caldeirão dos Mitos
(Bráulio Tavares)
Letra