BMG Brasil 7.432.197.123-2
Lançamento: março de 2003FICHA TÉCNICA
SHOW
Gravado ao vivo no ATL Hall (RJ) no dia 26 de outubro de 2002
Banda
Teclados: Luiz Antônio
Guitarra, viola e violão: Marcos Arcanjo
Contrabaixo: Jacaré
Saxofone, flauta e violoncelo: Ocelo Mendonça
Bateria: Camilo Mariano
Acordeom: Renato Cigano
Percussões: Paulinho He-Man e Anjo Caldas
Vocais: Jussara Lourenço, Daniel Maia e Leonardo Diniz
Direção do show, cenários e figurinos: Gabriel Villela
Direção musical: Luiz Antônio
Direção de produção: Gaetano Lops
Direção de palco e produção executiva: Alexandre Valentim
Roteiro: Elba Ramalho e Gabriel Villela
Projeto de luz e operação de luz: Renato Ribeiro
Operação de moving-light: Danny Pudny
Operação de P.A.: Paulo P.A.
Operação de monitor: Rodrigo Lopes
Roadies: Josino Feitosa e Flávio Ribeiro
Assistentes de produção: Zeca Santana e Marcos Soares
Make-up: Rick Costa
Camarins: Soninha
Assessoria Elba: Vavá
Assessoria de imprensa: Ivone Kassú
DISCO
Produzido por Elba Ramalho
Realização: BMG Brasil e Ramax Produções
Direção artística: Sérgio Bittencourt
Coordenação: Paula Melo
Engenheiro de gravação e mixagem: Renato Muñoz
Assistentes: André Coelho e Rodrigo Duarte
Estúdio de mixagem: Discover Estúdio
Coordenação de mixagem: Marcos Arcanjo
Masterização: Classic Master por Carlos Freitas
Coordenação geral: Gaetano Lops
Fotos: Priscila Franco
Design da capa: Fábio Delduque
Coordenação gráfica: Rosangela Almeida e Emil Ferreira
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Asa Branca
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira) citação: Canta Luiz (Dominguinhos)
Letra
Canta Luiz, canta Luiz
Tua sanfona e teu cantar me faz feliz
Toca Luiz, canta pra nós
Quero dormir e acordar com tua voz
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a Asa Branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse: “adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração”
Entonce eu disse: “adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração”
Hoje longe muitas léguas
Na mais triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chore não
Eu voltarei viu, meu coração
Eu te asseguro, não chore não, viu
Que eu voltarei viu, meu coração
FICHA TÉCNICA:
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A Vida do Viajante
(Luiz Gonzaga / Hervé Cordovil)
Letra
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
Dos amigos que lá deixei
Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa, sigo o roteiro
Mais uma estação
E a saudade do Seu Gonzagão
Mar e terra, inverno e verão
Mostro o sorriso, mostro a alegria
Mas eu mesmo, não
E a saudade no meu coração
FICHA TÉCNICA:
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Imbalança
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas) citação: Quando eu contar (Iaiá) (Serginho Meriti / Beto Sem Braço)
Letra
Óia a paia do coqueiro quando o vento dá
O tombo da jangada nas ondas do mar
Olha o tombo da jangada nas ondas do mar
Óia a paia do coqueiro quando o vento dá
Pra você aguentar meu rojão
É preciso saber requebrar
Ter molejo nos pés e nas mãos
Ter no corpo o balanço do mar
Ser que nem carrapeta no chão
E virar folha seca no ar
Que é pra quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Você tem que viver no sertão
Pra na rede aprender embalar
Aprender a bater no pilão
Na peneira aprender peneirar
Ver relampo no mei do trovão
Fazer cobra de fogo no ar
Que é pra quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar
FICHA TÉCNICA:
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Pagode Russo
(Luiz Gonzaga / João Silva)
Letra
Ontem eu sonhei que tava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Ontem eu sonhei que tava em Moscou
Dançando pagode russo na boate Cossacou
Parecia até um frevo naquele cai ou não cai
Parecia até um frevo naquele vai ou não vai
Parecia até um frevo naquele cai ou não cai
Parecia até um frevo naquele vai ou não vai
Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora
Entra cossaco, cossaco dança agora
Na dança do cossaco, não fica cossaco fora
Onde tu tá neném
(Luiz Bandeira)
Onde tu tá neném
Eu vim te procurar
Vamos fazer as pazes
Tenho tantas frases pra te agradar
Onde tu tá neném
Eu vim te procurar
Saudade sai me solta
Tô aqui de volta pra meu bem beijar
Estou aqui de novo junto ao meu povo
Minha gente amiga
Quem me conhece sabe
Que eu detesto intriga
Uma saudade enorme
Come e deita e dorme no meu coração
Remédio indicado pra quem está errado
É pedir perdão
Por uma briga à toa
Tanta coisa boa a gente tá perdendo
Sertão em noite branca
O dia amanhecendo
Nossa conversa linda
Tem segredo ainda para um século mais
Não é pra nos gabar
Mas não existe um par como nós dois se faz
FICHA TÉCNICA:
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Numa Sala de Reboco
(Zé Marcolino / Luiz Gonzaga)
Letra
Todo tempo quanto houver
Pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho
Numa sala de reboco
Enquanto o fole
Tá tocando, tá gemendo
Vou cantando e vou dizendo
Meu sofrer pra ela só
E ninguém nota
Que eu tô lhe conversando
E nosso amor vai aumentando
E pra que coisa mais mió
Só fico triste
Quando o dia amanhece
Ai, meu Deus, se eu pudesse
Acabar separação
Pra nós viver
Igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga
Do que essa que nos dão
Estrada de Canindé
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e uma caboca
Uma gente andando a pé
Ai, ai, que bom
Que bom, que bom que é
Uma estrada e a lua branca
No sertão de Canindé
Artomóve lá nem se sabe
Se é home ou se é muié
Quem é rico anda em burrico
Quem é pobre anda a pé
Mas o pobre vê nas estrada
O orvaio beijando as flor
Vê de perto o galo campina
Que quando canta muda de cor
Vai moiando os pés nos riacho
Que água fresca, Nosso Senhor!
Vai oiando coisa a grané
Coisas que pra mode ver
O cristão tem que andar a pé
FICHA TÉCNICA:
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Juazeiro
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira) Beija-flor (Xexéu / Zé Raimundo)
Citação: Admirável gado novo (Zé Ramalho) / Béradêro (Chico César) Letra
Minha mãe quando eu morrer
Me cubra com o seu véu
Em cima da minha cova
Bote o gibão e o chapéu
Que é pra eu cantar aboio
Nas vaquejadas do céu
Juazeiro, juazeiro
Me responda, por favor
Juazeiro, velho amigo
Onde anda meu amor
Ai, Juazeiro
Ela nunca mais voltou
Diz, Juazeiro
Onde anda meu amor
Juazeiro, não te alembra
Quando o nosso amor nasceu?
Toda tarde à tua sombra
Conversava ela e eu
Ai, Juazeiro
Onde anda meu amor?
Diz, Juazeiro
Como dói a minha dor
Juazeiro, seje franco
Ela tem um novo amor
Se não tem, por que tu choras
Solidário a minha dor?
Ai, Juazeiro
Não me deixe assim roer
Ai, Juazeiro
Tô cansada de sofrer
Ê, ô, ô
Vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eu fui me embora, meu amor chorou
Eu fui me embora, meu amor chorou
Eu fui vou embora, meu amor chorou
Vou voltar
Eu vou nas asas de um passarinho
Eu vou nos beijos de um beija-flor
Eu vou nas asas de um passarinho
Eu vou nos beijos de um beija-flor
No tic-tic-tic-tac do meu coração, renascerá
No meu coração, renascerá
Timbalada é semente de um novo dia
Nordeste,sofrimento, povo lutador
Entre mares e montanhas com você eu vou
Amor, é só me chamar que eu vou
Amor, é só me chamar, amor
Juazeiro, meu destino
Tá ligado junto ao teu
No teu tronco tem dois nomes
Ela mesma que escreveu
Ai, Juazeiro
Não me deixe assim roer
Diz , Juazeiro
Eu prefiro até morrer
Os óio tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do Equador
E a voz da santa dizendo
“O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor?”
FICHA TÉCNICA:
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Luar do Sertão
(João Pernambuco / Catulo da Paixão Cearense)
Letra
Ai, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como este do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como este do sertão
Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a lua cheia
A nos nascer do coração
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua é que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar
Ai, quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçada à minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrada numa grota pequenina
Onde à tarde a surunina
Chora sua viuvez
FICHA TÉCNICA:
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Dúvida
(Luiz Gonzaga / Domingos Ramos)
Letra
Não sei por que razão tu tens ciúmes
Não sei por que razão não crês em mim
Bem sabes que te quero
E o meu amor é tão sincero
É demais duvidar tanto assim, ai de mim
Não sei por que razão tu tens ciúmes
Não sei por que razão não crês em mim
Bem vês que vivo escravizado
Preso ao teu encanto
Não deves duvidar assim de quem te adora tanto
Não deves duvidar de mim
Por que não tens razão
E assim torturas sem querer meu coração
FICHA TÉCNICA:
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Súplica Cearense
(Gordurinha / Nelinho)
Letra
Ó Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Ó Deus, será que o Senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedi pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe
Mas eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus zóio de água
E ter lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe, eu pedi a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará
FICHA TÉCNICA:
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Qui nem Jiló
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Letra
Se a gente lembra só por lembrar
Do amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém, se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade intonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer
Ai, quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer
Amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar
Saudade, o meu remédio é cantar
FICHA TÉCNICA:
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Assum Preto
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Letra
Tudo em vorta é só beleza
Céu de abril e a mata em flor
Mas assum preto, cego dos óio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Mas assum preto, cego dos óio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorânça
Ou marade das pior
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantar mió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantar mió
Assum preto véve sorto
Mas não pode avoar
Mil vêze a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Mil vêze a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum preto o meu cantar
É tão triste quanto o teu
Também roubaram o meu amor, ai
Que era a luz, ai, dos óio meu
Também roubaram o meu amor, ai
Que era a luz, ai, dos óio meu
FICHA TÉCNICA:
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Sabiá
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Letra
A todo mundo eu dou psiu
Perguntando por meu bem
Tendo o coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá vem cá também
Tu que andas pelo mundo (sabiá)
Tu que tanto já voou (sabiá)
Tu que canta, passarinho (sabiá)
Alivia a minha dor
Tem pena d’eu (sabiá)
Diz por favor (sabiá)
Tu que canta passarinho (sabiá)
Por onde anda meu amor (sabiá)
Tem pena d’eu (sabiá)
Diz por favor (sabiá)
Tu que canta pelo mundo (sabiá)
Por onde anda meu amor (sabiá)
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De Volta pro Aconchego
(Dominguinhos / Nando Cordel) Participação especial: Dominguinhos
Letra
Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo um sorriso sincero, um abraço
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom poder tá contigo de novo
Roçando teu corpo e beijando você
Pra mim tu és a estrela mais linda
Teus olhos me prendem, fascinam
A paz que eu gosto de ter
É duro ficar sem você vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que vou mergulhar
Na felicidade sem fim
FICHA TÉCNICA:
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Nem se Despediu de Mim
(Luiz Gonzaga / João Silva) Participação especial: Dominguinhos
Letra
Nem se despediu de mim
Nem se despediu de mim
Já chegou contando as horas
Bebeu água e foi-se embora
Nem se despediu de mim
Já chegou contando as horas
Bebeu água e foi-se embora
Nem se despediu de mim
Te assossega o coração
Que este amor renascerá
Vai-se um dia, mas vem outro
Daí então, quando ele voltar
Pegue o pote e a quartinha
Bote fogo na tamarinha
Que ele vai se declarar
Pegue o pote e a quartinha
Bote fogo na tamarinha
Que ele vai se declarar
São João do Carneirinho
(Guio de Morais / Luiz Gonzaga)
Eu plantei meu milho todo
No dia de São José
Se me ajuda a providência
Vamo ter milho a grané
Neste ano eu vou colher
Vinte espiga em cada pé
Pelos calco vou colher
Vinte espiga em cada pé
Ai, São João
São João dos Carneirinho
Você é tão bonzinho
Fale com São José
Fale lá com São José
Peça pra ele me ajudar
Peça pro meu milho dá
Vinte espiga em cada pé
Pedras que Cantam
(Dominguinhos / Fausto Nilo)
Quem é rico mora na praia
Mas quem trabalha não tem onde morar
Quem não chora dorme com fome
Mas quem tem nome joga prata no ar
Ô tempo duro no ambiente
Ô tempo escuro na memória
O tempo é quente e o dragão é voraz
Vamos embora de repente
Vamos embora sem demora
Vamos pra frente que pra trás não dá mais
Pra ser feliz num lugar
Pra sorrir e cantar
Tanta coisa a gente inventa
Mas o dia que a poesia se arrebenta
É que as pedras vão cantar
FICHA TÉCNICA:
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Asa Branca
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira) citação: Canta Luiz (Dominguinhos)
Letra