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Do CD Salgado Maranhão “Amorágio: Poetas da canção”, Sesc Rio.Som FSN 020205 (2005)

Toda vez que eu vou falar de mim
Tem retalhos de lamentos assim
Toda vez que eu vou falar de mim
Tem retalhos de lamentos assim

E as marcas de sol na cara
Que eu trouxe de onde eu vim
O sentimento profundo que a terra injetou nas minhas veias
Um verde na emoção
Um sabor de mato no meu paladar
Um sol no coração
Que a cidade não conseguiu apagar

Toda vez que eu vou falar de mim
Tem saudades e lamentos assim
Toda vez que eu vou falar de mim
Tem retalhos de lamentos assim

E as marcas de sol que eu trouxe
Do longe de onde eu vim
O sentimento profundo que a terra guardou na minha voz
Um tempo que me leva
Por caminhos tantos que nem sei se vou
Um tempo que me tem
A cantar os dons que a vida me ensinou

FICHA TÉCNICA:

Arranjo, sitar, efeitos e percussão: Zé Américo
Violas: Pedro Braga
Bateria: Camilo Mariano